"𝐎𝐢𝐭𝐨 𝐄𝐥𝐞𝐠𝐢𝐚𝐬 𝐂𝐡𝐢𝐧𝐞𝐬𝐚𝐬", 𝐩𝐨𝐫 𝐂𝐚𝐦𝐢𝐥𝐨 𝐏𝐞𝐬𝐬𝐚𝐧𝐡𝐚 (𝐭𝐫𝐚𝐝𝐮çã𝐨).
II-ElegiaÀ NOITE, NO PEGO-DRAGÃO
De onde vem este perfume de flores, embalsamando a noite puríssima?
Entre bouças e fragas, uma cabana de ola, perto da qual um arroio
murmura…
Como de costume, o eremita parte ao surgir a lua.
Em um covão do monte, um pássaro, poisado, ininterruptamente gorjeia.
Não lhe importa que as ervas, impregnadas do orvalho, lhe encharquem as alparcatas de junça.
As suas vestes de ligeiro cânhamo, soergue-as, enviesando, a brisa primaveril…
À borda da torrente, intento fazer versos ao viço das orquídeas.
Embargam-mo as saudades, violentas empolgando-me, do Kiang Pei e Kiang-nan.
in "O Progresso" (Macau), 13 de Setembro de 1914.
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