Qual é o seu escritor preferido?
A sua "Peregrinação"
é um hino à literatura portuguesa. Não obstante a versão original ter sido escrita num
português bastante difícil de assimilar para a maioria das pessoas de hoje, é
meu entendimento que o conteúdo surpreende, muitas vezes, pela formosura das
palavras empregues e por narrativas inimagináveis de acontecer no Velho
Continente, tanto no século XVII (a obra só foi lançada em 1614), como agora.
A "Peregrinação" é importante para conhecer, e entender, a vida
e as tradições de vários povos orientais, assim como alguns factos importantes
da sua história. Comummente, o aventureiro português deixa-nos testemunho sobre as características das gentes e dos lugares por onde terá passado, descrevendo diversos eventos históricos com o pragmatismo que se lhe conhece.
O cronista tem sido injustamente acusado de ser mentiroso - há aquela famosa expressão, "Fernão, Mentes? Minto!". Embora a obra literária seja supostamente de carácter autobiográfico, também é certo haver nela algo de fantasioso.
No entanto, está comprovado que muitos factos descritos na "Peregrinação" são bastante fidedignos, sem esquecer que o autor terá se deparado com vários acontecimentos por interpostas pessoas, estando eu certo que decidiu inclui-los na narrativa de forma ficcionada por serem importantes para o conhecimento na Europa de então.
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