A quentura do Verão em Mascate
Em Agosto de 2016,
quando visitei Mascate, a capital do Omã, quis ver com os meus próprios olhos a baía em
forma de ferradura, as fortalezas de origem portuguesa e o local onde se situava a cidade antiga, ocupada pelos portugueses nos séculos XVI e XVII.
Visitei o Museu Nacional do Omã, deambulei pelas ruas estreitas e antes de passear pelo exótico mercado de Mutrah (Mutrah Souk) tive ainda tempo para almoçar mesmo ali ao lado, na esplanada retratada na foto. Passava pouco do meio-dia e tive de comer à pressa, porque, mesmo com o chapéu de sol a tapar-me o corpo, a minha pele ardia constantemente.
Sorri, pois lembrei-me do que já tinha escrito no meu romance histórico “O Oriente Místico de Chao
Balós”, Cap. XIX:
“É terra de muita quentura nos meses do verão. O vento quente, que num rastro de areia sopra do interior do sertão para o Ponente de Mascate, somente a muito custo não nos faz ficar faltos de ar. No tempo das calmas quase nunca está coberto o sol, desde o seu raiar, até ser noite caída, e acontece isto vários meses de contínuo. O sol brilha tão fortemente, que os ofícios que cada um tem a seu cargo, e as cousas particulares, não sucedem a céu descoberto nas horas do meio dia, sob pena de causar muitos danos à saúde de cada um”.
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