"Ao outro dia logo pela manhã
caminhei, por meu pé, ao longo da borda do rio, sem saber aonde me levaria esta
minha jornada. Assaz de cansado, e falto de forças para aguentar este
sofrimento, assim do calor como dos mosquitos, e atabões, que de contínuo me atazanavam
a carne, dei ao longe com um pequeno barco de pescadores, aos quais logo
acenei, e roguei na língua deles para me valerem; porque já não tinha mais
esperança de me pôr em salvo deste infortúnio".
O Oriente Místico de Chao Balós, Cap. XXIX
Não foi nada fácil ter prática suficiente para escrever um romance
histórico de grande fôlego com a escrita do século XVI, mas quis, mesmo assim,
levar por diante esta árdua tarefa de o conseguir.
Passados dez anos, leio com desenvoltura as mesmas crónicas coevas, as
mesmas narrativas e os mesmos autores. A linguagem por vezes atabalhoada, aliada
à formosura de certas palavras, desperta-me os sentidos para aqueles tempos
áureos do heroísmo português na centúria de Quinhentos. A escrita, obviamente, reflecte-se grandemente...
Sinto-me
bastante feliz por ter alcançado este feito!
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