sábado, 21 de maio de 2022

"O Oriente Místico de Chao Balós" - Personagem Central

O Oriente Místico de Chao Bálos

O extraordinário testemunho de vida de um Português de nação. Do Reino de Narsinga, à Terra do Elefante Branco, e Ilha de Sanchoão.


Quem é a personagem central?

O título e o antetítulo dão poucas pistas sobre a personagem principal. Sabe-se que é português e andou pelo Oriente. Com o avançar de páginas, percebe-se que foi criado com esmero na vila portuguesa de Alenquer, mas a inquietude da sua pessoa levou a que embarcasse para o Oriente. Podia muito bem ter ficado na vila de onde era natural ou, quiçá, feito carreira de mercador na cosmopolita Lisboa ou, até mesmo, ter entrado no Paço real…

Na viagem para a Índia fez-se homem. Por exemplo, se antes não bebia vinho, passou a fazê-lo. No Oriente experimentou um turbilhão de sensações, sentimentos e dissabores, mas também sucessos. Tornou-se capitão de uma embarcação de um malaio e andou depois por conta própria. Amealhou cabedais, umas vezes de forma honesta e outras pondo em prática ardis só ao alcance dos mais arrojados. Viajou bastante, conheceu outras realidades e lidou de perto não só com cristãos, como também com muçulmanos, hindus, iogues e budistas.

As influências de várias religiões, ou credos, aliadas às agruras da vida, moldaram a sua maneira de ser, tornando-se bastante resiliente perante as adversidades, portanto, sem nunca se deixar abater pelas contrariedades. Tal facto levou a que uns quantos lhe fossem leais, o que também facilmente se comprova pelo seu forte carisma. Um desses homens, árabe de nascimento, foi por ele adoptado e baptizado segundo os preceitos católicos.

As mulheres também não passaram despercebidas ao herói. Três delas têm honras de destaque – uma era natural de Goa, outra de Mascate e uma terceira de Odiaa (Ayutthaya). Se a primeira era sua mulher, a segunda era amante. A terceira foi a razão de toda a sua busca interior e consequente aperfeiçoamento espiritual que lhe terá sido encomendado pelo Criador.

Há também, pelo menos, mais três mulheres na sua vida: duas chinesas e uma malaia. Uma seria “mulher de partido” em Cantão, outra viveria em Patane (Pattani) e uma terceira terá vivido com ele durante algum tempo numa cidade portuária da China… 

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