Faz hoje 20 anos que iniciei a minha participação no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins do Grupo B. O evento decorreu em Montevideu, Uruguai, entre 8 e 14 de Dezembro de 2002.
Fui seleccionado como guarda-redes em representação de
Macau. Joguei apenas na segunda parte, contra a Nova Zelândia. Vencemos por
10-4, num jogo de atribuição dos 5º/8º lugares. Ainda defendi um penálti.
Lembro-me como se fosse hoje: tinha o stick colado ao chão e o corpo pendia
para a minha direita. O adversário atirou para o canto esquerdo, alcei a
caneleira para cima e fiz uma defesa vistosa.
No final do encontro, depois de distribuir alguns
autógrafos, tive uma agradável conversa com um dirigente uruguaio. “O meu corpo
não estava balanceado. Era um golo fácil para eles…”, admiti. “Não entrou, isso
é o que interessa. A defesa foi muito boa”, ouvi da parte dele, em espanhol.
Devo ser dos poucos guarda-redes a jogar sem ter sofrido um golo num mundial de
hóquei em patins.
Andorra sagrou-se campeã, à frente da Colômbia e de Inglaterra. As três selecções subiram ao Grupo A. O Uruguai ficou na 4ª posição. Macau, em 6º lugar, não conseguiu ascender ao Grupo A. Viria a consegui-lo dois anos mais tarde em casa, ao terminar em 4º lugar, mas como a Catalunha participou como membro provisório, coube à equipa da Flor de Lótus a vaga em aberto.
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