Love, trust, do…
Viver o passado é também viver o presente. Assim o faço através da escrita.
terça-feira, 31 de janeiro de 2023
segunda-feira, 30 de janeiro de 2023
Viagens pelo mundo
Maldivas, aquele lugar paradisíaco que por momentos me fez esquecer o resto do mundo. Estávamos em Outubro de 2017.
A mando de Lopo Vaz de Sampaio, governador do Estado Português da Índia, por aqui andou "Simão Sodré com quatro velas para cometer [atacar] alguns mouros que pelejavam os nossos amigos das ilhas Maldiva (vale o mesmo que mil ilhas), e impediam que viesse o cairo, sem o qual as nossas Armadas não podiam navegar" - in O Oriente Místico de Chao Balós, Cap. XIV.sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
"O Oriente Místico de Chao Balós", Cap. XXXV
A visitação a um templo de Ayutthaya
"Enfadado
com esta vista fui espreitar o que mais havia neste templo, e para grande
espanto achei uma estátua gigante feita de ouro, que era impossível de
acreditar, se não a tivesse visto com os meus olhos. Tem a dita estátua de alto
o suficiente para que quatro, ou cinco homens, se ponham cada um acima do
outro. Os pés estão dobrados ao modo dos ídolos que se acham neste Reyno, e
noutras paragens do Oriente, pela qual razão os sacerdotes, e fiéis, imitam
este modo quando fazem as suas orações.
São os olhos desta estátua muy grandes, e magnificamente
fabricados, assim como a cabeça, os braços, os dedos, e a barriga. No alto
dela, e nos seus ombros largos, pousam de contínuo alguns pombos; posto que uns
estão quietos, e outros levantam voo, em troca dos que se ajuntam aos que já lá
estão.
É esta casa a modo de câmara guardada por um sacerdote
muy cioso dos seus deveres, e que a muy grande custo me deixou entrar para ver
este ídolo, a que os da terra chamam o Grande Deus Suta. Os seguidores desta
idolatria fazem as suas reverências defronte desta estátua, e outras de menos
importância, levantando as suas mãos juntas, e baixando as cabeças um pouco
adiante, a modo de respeito.
Tornando
ao lugar onde o dito sacerdote fazia o seu ministério, e que de nada valia;
porque não livrava tão pobres criaturas de espírito do engano em que já estavam
metidas, calhou em sorte que não demorasse muito até findar a sua arenga, e
indo cada um por onde lhe pareceu melhor, fizeram muitas mulheres a reverência a seus ídolos, que são feitos de todas as
sortes de estátuas; porque são umas obradas de ouro, outras de bronze, e outras de madeira, como os Siames costumam ter
nos seus pagodes”.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2023
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
domingo, 22 de janeiro de 2023
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
"O Oriente Místico de Chao Balós", Cap. XXXIV
Um modo de fazer justiça no Sião
"Uma multidão de gente, digo passante de cinco mil
pessoas, entre grandes, pequenos, e estrangeiros, se ajuntou ao derredor deste
modo de tribunal, que por ordinário se faz numa praça pública perto do palácio,
a modo de ver esta justiça, que tem muito de superstição, e pouco de razão.
Acabando a sua oração, e levantando-se cada uma, coube
a um brâmane o exame dos pés das duas mulheres, e não achando deformação, nem
cousa suspeitosa, fez-lhes sinal para caminharem descalças no seu carreiro, por
cima do carvão abrasado. Quem assim fizesse sem dor, nem ferida, seria achada
honrada neste caso; mas quem desistisse, e tivesse os seus pés em dor, e
queimados, seria culpada de tão pecaminoso acto, que tanto podia ser o
adultério, como a tenção de criminar.
A acusada foi duas vezes para lá, e para cá, com um
formoso sorriso no rosto, e sem nenhuma dor, ou queimadura nos seus pés; mas a
outra mulher fazendo somente meio caminho para lá saltou logo do carvão afora,
com uma grita de muita dor. Fora ela a tecer esta clara, e manifesta mentira,
que quase acabara com tão honrada família.
El Rey vendo tudo isto ordenou logo ali a sua morte. E posto que a culpada com muitas lágrimas derramadas nos olhos lhe pediu misericórdia, pois o seu erro fora causado por cega cobiça, vendo a agora mulher livre de suas culpas o tamanho arrependimento no rosto dela, disse a Sua Alteza que a justiça já fora feita; porque a mentira ficara descoberta, e pena pior seria a desonra em que caíra”.
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