Qual o melhor livro que você leu quando era criança?
Foi o livro de banda desenhada intitulado “O Cão dos Baskervilles”, tendo como protagonistas o famoso detective Sherlock Holmes e o Doutor Watson.
Fiquei fascinado durante anos com o mistério ocorrido de noite numa charneca e
com o enredo em geral. O desenho de alta qualidade também ajudou. Fazia parte da colecção
“Clássicos em Banda Desenhada – Biblioteca RTP”, da Editorial Pública (1985).
Mais tarde li a colecção inteira das "Aventuras de Sherlock Holmes", agora em texto
corrido.
Os livros pertenciam a um
amigo, que me ia emprestando à medida que acabava de ler um. Lembro-me do
cheiro da capa e das folhas. Algo único, que ficou gravado na
minha memória.
Rapidamente, aprendi a
transpor para a vida real o método de Sherlock Holmes, assente na capacidade de
observação, capacidade de dedução e conhecimento; e posso dizer que tive muito
sucesso, até mesmo entre alguns colegas de turma do ensino secundário, que me
punham à prova de variadíssimas maneiras.
Um dos sucessos imediatos foi ler o livro "O Homem do Lábio Torcido" e resolver o mistério ainda antes do autor Sir Arthur Conan Doyle apresentar a solução final para o enredo. Senti-me triunfante!
Na RTP passaram, entretanto, as séries "As Aventuras de Sherlock Holmes" e "O Retorno de Sherlock Holmes", da Granada Television, brilhantemente interpretadas por Jeremy Brett, no papel do famoso detective da 221B Baker Street, em Londres, e por David Burke (1984–1985) e Edward Hardwick (1986–1994), como Doutor Watson.
Também fui influenciado pelo inspector Artur Varatojo com a rubrica “ABC do Crime”, do programa “Ponto por Ponto” da RTP, em que fazia sempre uma pergunta e quem acertasse recebia um prémio. Na semana seguinte tinha por hábito anunciar o nome dos vencedores. Neste caso, fui o único a responder acertadamente - Como surgiu o nome de Sherlock Holmes? - e recebi um livro policial autografado de sua autoria.
Em 2005, e depois em 2015, visitei o "Museu Sherlock Holmes", situado na Baker Street, em Londres, com todas aquelas decorações da época vitoriana. Cumpri, assim, o desejo antigo de visitar o museu, quando vi o inspector Artur Varatojo a descrever a sua visita guiada na rubrica “ABC do Crime”.
Tornei-me saudosista e há alguns anos revi as séries da Granada Television no YouTube.
Só de lembrar que tudo começou com a leitura de um livro de banda desenhada…
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