domingo, 26 de fevereiro de 2023

Leitura do Dia

"Em Busca das Origens de Macau : Antologia Documental", por
 Rui Loureiro (introdução, leitura e notas)

O “Porto do Nome de Deus”

Entretanto, a povoação de Macau, alimentada por um incessante tráfico marítimo, crescia a bom ritmo. O episódio dos piratas, em meados de 1564, consolidara a situação dos portugueses, que se impunham às autoridades de Cantão como vizinhos pacíficos e prestáveis. A conjugação de interesses luso-chineses produzira, aparentemente, a situação ideal para ambas as partes. 

Os nossos dispunham de uma base segura para as suas viagens entre Malaca e o Japão, e faziam os seus negócios, pagando os respectivos direitos e lubrificando os mecanismos negociais com avultadas peitas. Os mandarins cantonenses, através da concessão de Macau, tinham delimitado a presença estrangeira a uma área muito restrita, fácil de controlar. Simultaneamente, dinamizavam a economia local, cobravam taxas alfandegárias e obtinham livre acesso a um suprimento inesgotável de mercadorias raras e valiosas, oriundas do Sudeste Asiático e da Terra do Sol Nascente. 

p. 47.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

A Glimpse into Cosmos

The Universe fascinates me. I often look up at night to see the stars and planets visible to the naked eye. 

I occasionally gaze at Betelgeuse, a red supergiant star in Orion's constellation. "You're still there," I tell myself, knowing it could go supernova between now and the next 100,000 years.

It was different today. Would you like to know why?

I saw the crescent Moon, followed by two white spots, one shinier than the other. "There you are," I said to Jupiter and Venus, smiling.

They are easy to spot in the late afternoon twilight, low in the West after sunset. They are visible between this February 21 and March 1.

Sem palavras | No words needed

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

"O Oriente Místico de Chao Balós", Cap. XXXVIII

Do que passei com o governador Garcia de Sá

    "Estando já muy bem ataviado à nossa guisa me fui a falar com o Senhor Governador Garcia de Sá. Passando a porta para dentro da fortaleza subi as escadas que iam dar à formosa sala em que já se achava o Governador, o Vedor da Fazenda, o ouvidor geral, o meirinho, e outros oficiais d’el Rey. Anunciados os nossos nomes por um pajem, entrei com André de Barros, e o Senhor Padre, e dando nós alguns passos em frente, fizemos as nossas cortesias ao Senhor Governador, o qual disse aquilo que entrou nas orelhas de todos os que estavam na sala:

    – Ponho finalmente o rosto no maior, e mais desavergonhado ladrão de que há memória. Vós, que fostes ao Achém, em nome d’el Rey Dom João, o Terceiro, como assim fizestes crer ao Rey deles, e de lá largastes com grandes riquezas, por o tirano cair na vossa grande ladroíce, o qual muito se conta nas partes da India; mas todos crêem ser uma grande fábula, e por isso os nossos historiadores nunca lhe deram crédito; sabeis que é meu mandamento vos cortar a cabeça?”

(*) Retrato do governador Garcia de Sá.

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