quarta-feira, 15 de junho de 2022

"O Oriente Místico de Chao Balós", Cap. III

Partida do rio Tejo para a Índia:

"Na boca do rio Tejo se deteve a frota até o vento ser suficiente à viagem, e a capitânia disparar um tiro, sinal mais do que aprovado que era chegado o momento de nos pormos ao caminho. Nas costas da nau Salvador iam as velas dos capitães Dom Antonio D’Almeida, que ia na nau Santo Espírito, Manoel de Macedo, que ia no galeão São Leão, Pero D’Afonseca, que ia na nau Loba, do armador Jorge Lopes Bixorda, e Aires da Cunha, que ia na nau São Miguel.

Navegando para fora do rio Tejo, fomos escoltados por três caravelas da Armada da Costa, as quais, por ordem expressa d’el Rey, zelavam pela segurança de nossas pessoas. Deixando para trás o Promontório Bárbaro, fomos descendo a costa e surgimos à vista do Promontório Sacro, onde numa longa data esteve oculto o corpo do diácono e mártir São Vicente. Porque havia notícia de algumas velas de mouros a navegar não muito longe das ditas paragens, e para que estes barcos pejados de ladrões não fossem tentados a nos cometer mais a Sul, se fez a rendição da Armada da Costa ao largo do Promontório Sacro, por duas caravelas da Armada do Estreito".


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