Cativos no mar Arábico
“Depois de levantarmos âncora deste formoso
porto de Mascáte, velejávamos por nossa derrota no mar alto quando enxergámos a
aproximação de duas naus pejadas de mouros, sem pormos diante dos olhos o
cometimento que nos esperava.
Ao percebermos que as ditas embarcações nos
vinham fazer guerra, empreendemos as maiores pressas para fugirmos do perigo em
que já estávamos metidos; porém fomos logo assombrados com tiros de falcões,
roqueiros, e berços, que nos romperam as velas. Três dos nossos morreram queimados,
por causa das panelas de pólvora, que lançaram sobre nós, e ao sermos
abalroados puseram 50 ou 60 mouros dentro da nau, ficando todos nós rendidos”.
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