sexta-feira, 7 de outubro de 2022

“O Oriente Místico de Chao Balós”, Cap. XXVII

A falsa embaixada ao Reino do Achém:

"Chegados até nós os alifantes do Soltão, e entregues as cartas falsificadas a um eunuco, foram as mesmas postas num prato de prata coberto com rica seda, e levadas sobre as costas do alifante mais largo. Subindo eu nas costas de outro alifante, fui nele até aos paços do Soltão Alaradim, e parando cousa de cinquenta braças de um espaço aberto onde ele já estava assentado, desci do alifante para fazer a minha obediência, dobrando o corpo, e balançando as mãos juntas por altura da cabeça. Entrando descalço, fiz outra obediência. 

Feito isto me fizeram assentar numa alcatifa, quatro ou cinco passos afastado dele, e me deram o betele, o qual em fazendo o primeiro mastigão senti logo a quentura do seu sumo. E como entre esta gente não havia quem falasse a língua Portuguesa, nem ninguém capaz de verter as ditas cartas na língua do seu entendimento, continuei com a minha dissimulação, que nada entendia da língua Malaya, e mandei André de Barros ouvir com muita atenção tudo o que eu botasse da boca para fora; porque seria ele a assegurar a conveniência do nosso propósito".

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Quotes

 "I realize..." - Annie Ernaux, Nobel Prize in Literature 2022.

Momento Quora

Por que é tão difícil escrever um livro mesmo sem a inspiração e continuar até o final, mesmo cansado e indisposto e desmotivado?

Você sente-se esgotado emocionalmente, é certo, mas não consegue deixar para trás, ou desistir, porque apesar das adversidades, quer mesmo concluir o livro. Independentemente do tempo que durar, meses ou anos!

No fundo, quer ter aquela sensação de dever cumprido e de realização pessoal por atingir o objectivo. E também por finalmente chegar ao ponto em que tudo acaba.

Por vezes, são apenas momentos de desinspiração que limitam a sua capacidade de escrever em determinados períodos.

Pelo meio, acredito que sofra com crises de ansiedade e incerteza; seja assolado por muitas dúvidas e tudo o mais. Não será o primeiro nem o último a passar por isso e a concluir o que se propôs a iniciar. Outros há, que são inumes a tais estados emocionais. O mais importante é não desistir!

Veja o link no Quora: https://qr.ae/pveBoJ

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Good Reads

"Canadian Workplace Culture - Mastering the Unspoken Rules", by Matt Adolphe.

"You often hear that Canadians are so polite and friendly, but what is it that leads people to believe this? True empathy and concern for putting the feelings of others first fosters this image. Even if we cannot really define Canadian culture, empathy and concern are the very foundation of it. 

By understanding that and contributing to it, you will be successful in your life here, and everyone will gain from your sense of compassion for others. In fact, understanding how Canadians communicate empathetically is a major advantage in succeeding in the Canadian workplace."

Page 7.

Sem Palavras...

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Leitura do Dia

“Alenquer Medieval (Séculos XII – XV)”, de João Pedro Ferro.

                    “𝐎𝐬 𝐚𝐫𝐫𝐚𝐛𝐚𝐥𝐝𝐞𝐬 - 𝐒𝐏𝐞𝐝𝐫𝐨                   

Quem viesse de Lisboa em direcção a Alenquer, subia a encosta até ao arrabalde de S. Pedro e entrava pela Porta da Vila no recinto amuralhado. Foi por aí que D. Leonor de Teles entrou, quando se refugiou em Alenquer:

𝘈 𝘙𝘢𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘰𝘶 𝘢 𝘈𝘭𝘷𝘦𝘳𝘤𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘵𝘳𝘪𝘨𝘰𝘴𝘰 𝘢𝘮𝘥𝘢𝘳 𝘦 𝘢𝘭𝘪 𝘤𝘰𝘮𝘦𝘰; 𝘦 𝘥𝘢𝘭𝘭𝘪 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘪𝘰 𝘦 𝘧𝘰𝘪 𝘥𝘰𝘳𝘮𝘪𝘳 𝘢 𝘈𝘭𝘭𝘢𝘮𝘲𝘶𝘦𝘳; 𝘦 𝘲𝘶𝘢𝘮𝘥𝘰 𝘦𝘮𝘵𝘳𝘰𝘶 𝘱𝘦𝘭𝘭𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢 𝘥𝘢 𝘷𝘪𝘭𝘭𝘢 𝘥𝘪𝘴𝘴𝘦 𝘎𝘰𝘮ç𝘢𝘭𝘭𝘰 𝘔𝘦𝘦𝘯𝘥𝘦𝘻 […]’.

         este foi também o percurso do Mestre numa das vezes que esteve em Alenquer:

𝘖 𝘔𝘦𝘦𝘴𝘵𝘳𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘤𝘩𝘦𝘨𝘰𝘶 𝘢 𝘩𝘶𝘢 𝘦𝘨𝘳𝘦𝘫𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘰𝘮 𝘚𝘢𝘮𝘵𝘰 𝘚𝘱𝘪𝘳𝘪𝘵𝘰, 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘦 𝘦𝘮 𝘩𝘶𝘶 𝘤𝘩ã𝘰, 𝘢ç𝘦𝘳𝘤𝘢 𝘥𝘰 𝘳𝘳𝘪𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘳𝘳𝘦 𝘢 𝘳𝘳𝘦𝘥𝘰𝘳 𝘥𝘢 𝘷𝘪𝘭𝘭𝘢, 𝘳𝘳𝘦𝘤𝘰𝘭𝘩𝘦𝘰 𝘢 𝘴𝘴𝘪 𝘴𝘶𝘢 𝘨𝘦𝘮𝘵𝘦; 𝘥𝘦𝘴𝘪 𝘧𝘰𝘪 𝘱𝘦𝘳 𝘩𝘶𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘳𝘪𝘥𝘢 𝘤𝘢𝘭ç𝘢𝘥𝘢 𝘢ç𝘪𝘮𝘢, 𝘦 𝘱𝘰𝘶𝘴𝘰𝘶 𝘦 𝘩𝘶𝘶 𝘮𝘰𝘦𝘴𝘵𝘦𝘪𝘳𝘰 𝘥𝘦 𝘚𝘢𝘮 𝘍𝘳𝘢𝘯ç𝘪𝘴𝘤𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘩𝘪 𝘩á.’” - Página 61.

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