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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Anniversary

 𝐀 𝐝𝐚𝐲 𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐦𝐞𝐦𝐛𝐞𝐫 𝐌𝐚𝐫𝐤 𝐓𝐰𝐚𝐢𝐧 (November 30, 1835 – April 21, 1910)

Samuel Langhorne Clemens, better known by his pen name Mark Twain. He was an American author, humorist, publisher, lecturer, and entrepreneur. He is best known for writing the classic American novel The Adventures of Tom Sawyer (1876) and its sequel, Adventures of Huckleberry Finn (1884).


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Momento Quora

Por que é tão difícil escrever um livro mesmo sem a inspiração e continuar até o final, mesmo cansado e indisposto e desmotivado?

Você sente-se esgotado emocionalmente, é certo, mas não consegue deixar para trás, ou desistir, porque apesar das adversidades, quer mesmo concluir o livro. Independentemente do tempo que durar, meses ou anos!

No fundo, quer ter aquela sensação de dever cumprido e de realização pessoal por atingir o objectivo. E também por finalmente chegar ao ponto em que tudo acaba.

Por vezes, são apenas momentos de desinspiração que limitam a sua capacidade de escrever em determinados períodos.

Pelo meio, acredito que sofra com crises de ansiedade e incerteza; seja assolado por muitas dúvidas e tudo o mais. Não será o primeiro nem o último a passar por isso e a concluir o que se propôs a iniciar. Outros há, que são inumes a tais estados emocionais. O mais importante é não desistir!

Veja o link no Quora: https://qr.ae/pveBoJ

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Capítulo XXV

O grande interesse do Tutam de Cantão pelo âmbar

Chegando nós à ilha Tamon, digo aos 14 de Agosto de 1538, esperámos pela necessária autorização do Pio da villa de Nantó, e depois do que nos cumpria aqui seguimos para a dita cidade Cantam, cousa de 18 léguas pelo rio acima, onde por minha conta fiz a comutação de pimenta, âmbar, e outras miudezas, por ricas sedas, ouro, e grande cópia de arroz.

A desembarcação de âmbar causou grande alvoroço no Tutam, que teceu muitas palavras de contentamento com a minha vinda. Assim como prometera ao feitor Jao, que duas semanas antes tinha descarregado um grande carregamento desta mercadoria, também eu teria bom agasalho, tornando a fazer as minhas mercadorias neste porto, onde ia encontrar muy ricas fazendas, com as quais depois de fazer o meu emprego, teria tanto proveito, que fariam de mim o mais abastado da terra donde era natural.

Estranhei o seu grande interesse pelo âmbar; porque valia mais para ele, do que ouro, ou diamantes. Dei o melhor para tirar algumas inquirições sobre este assunto; mas pouco consegui apurar, por se resguardar o Tutam numas lendas de remotas eras, com dragões a carpir lágrimas, que se transformavam em âmbar, e como os Chins são muy idólatras destas serpentes de extraordinária grandeza, reverenciam muito esta mercadoria.

Perdido que estava nos meus pensamentos, dei por mim com os olhos postos numas serpentes tecidas a fios de ouro, que o Tutam, e seus assistentes, traziam nos peitos, e nas costas, e que por divisa são as armas d’el Rey”.

domingo, 17 de julho de 2022

Capítulo IX

 Perigo de Vida:

"Abatido pela fadiga, que resultava de largas semanas de viagem no mar alto, foi numa certa tarde ventosa de me causar assaz de aborrecimento que aproveitei para tomar algum repouso; porém depressa acordei sobressaltado, por causa da ondulação que teimava em sacudir a nau. Cuidei em tomar o ar fresco no convés; mas o vento soprava muito rijo de Norte, e o sol mal alumiado queria muito nos deixar à sorte. O cheiro fétido a pairar no ar era sinal mais do que aprovado que o diabo esfregava as mãos de vil satisfação, por estar muy pronto a reclamar mais algumas almas para as profundezas do Inferno.

Fiquei muy assustado quando meteu tanto mar no costado, que mais parecia que a nau ia ao fundo a cada balanço que dava, e mais temeroso fiquei quando arreei os joelhos no tabuado logo após o embate de outra vaga de água no costado. Havia que sair deste horrível lugar, o quanto antes, e tomar abrigo em parte segura. Com assaz de pressa quis galgar para o chapitéu de popa; mas ao agarrar as madeiras da nau, para não perder o equilíbrio, fiquei com o rosto tomado pelo horror; porque uma grandíssima tromba de água varreu o convés, sem dela escaparem quatro marinheiros. A morte chegara muy apressada para eles!

Pus os olhos no céu, neste mesmo instante, tinha a roupa toda encharcada pela água da chuva. O vento rijo não queria repousar em nenhuma parte, e o frio a bater no rosto era sinal que a morte não guardava segredos nesta latitude. Quanto mais a nave cambaleava na fúria da tempestade maior era o medo de perdermos o leme. Roguei a Deus para que os dois homens muito rijos, que meneavam o leme com muy esforço de suas pessoas, o fizessem de contínuo, sem nunca levantar as mãos dele”.

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Capítulo VIII

 Mortes a lamentar:

"Os tementes a Deus, com os joelhos prostrados defronte do altar, rompiam os ares com a voz em grito, pedindo-Lhe misericórdia para ficarem em salvo das enfermidades, assim como dos medos, e anseios, que tomavam conta das suas almas. Nem todos iam ter a felicidade de passar à India, pois havia mortes a lamentar pelo caminho. E sendo a que mais horror causou nos embarcados lembro agora o falecimento do barbeiro Francisco Tomé, que deu o último suspiro após a quinta sangria, que lhe fez um grumete no derradeiro dia de sua vida; posto que nem menos cinquenta onças de sangue terminaram com a grande tormenta da febre, que muito o afligia.

Chorei mil lágrimas quando o corpo do defunto, envolto numa mortalha, e com uma bola atada nos pés, foi lançado ao mar pouco depois de ser lembrada a sua habilidade para arrancar os dentes estragados dos embarcados. Francisco Tomé faleceu desta vida com mostras de muito bom cristão, o que a todos nos animou, e muito nos consolou”.


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Capítulo VII

 O triste fim de um grumete:

"Num destes dias de grande tédio, por sinal de má memória, caiu à água do mar o grumete, por nome Martim da Gallega, que pouco sabia nadar. Os gritos do infeliz causaram logo grande alvoroço, e posto que alguns embarcados lhe atiraram com prontidão duas pipas, e algumas cordas, e com isso feito o desgraçado se manteve à tona de água muito esforçadamente, chegou tarde o salvamento; porque sendo o dito grumete trazido para o convés, passada que estava uma hora e meia de sua triste queda, deu com assaz agonia o derradeiro suspiro no braço do Padre Lançarote. 

Confessando-se, a muito custo, pouco antes de partir desta vida temporal, escorreram em nós muitas lágrimas de alegria pelo consolo de sabermos que não perdera a vida eterna. Paz à sua alma! A morte do dito grumete levantou suspeita, e o mareante que mostrou resistência ao socorro (o tal que muito o repreendia, e muito lhe batia) foi achado culpado. Em boa verdade fora eu quem dissera ao meirinho o que ouvira do próprio Martim da Gallega, acerca das ameaças que tivera do rude marinheiro:

– Temia muito ser mandado borda fora no breu da noite, se botasse faladura do concerto havido entre os corruptos marinheiros, e a horrível mulher com o cabelo curto, a que fora achada roupada como homem...”


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Prólogo

"Localizado o manuscrito, e voltando à secretária de trabalho, retirei o conteúdo do envelope e removi a protecção de plástico. Para melhor preservação do material, revesti as mãos com um par de luvas de látex esterilizadas e folheei as páginas com redobrado cuidado…

– O português é arcaico para os padrões actuais de escrita. Pelas datas, confirma-se que remonta ao século XVI. Nada de estranho, portanto...

Em cima da secretária tinha uma crónica escrita em papel almaço grosso, consistente e um pouco escuro. A pauta estava quase invisível e não havia correcções de palavras, nem de estilo, denotando ser uma cópia do original. As tabuadas ordenadas no final da crónica estavam incompletas, visto não passarem do décimo capítulo. O título não aparecia na lombada, mas na página a seguir à folha de guarda lia-se algo surpreendente: Joam de Barros na Asia. Abri a boca de espanto! Não queria acreditar que estaria perante algum inédito do famoso cronista que ficou para a posteridade como autor dos primeiros quatro volumes das célebres Décadas Da Asia!

Apesar da emoção inicial, depressa percebi não ser algum inédito a retratar a vida de quem deixara importante testemunho sobre os feitos dos portugueses no Oriente quinhentista. Deparei-me, isso sim, com as memórias de um homónimo. Esta narrativa das cousas testemunhadas pelos meus próprios olhos (...) foi escrita pela minha mão (…) neste Reyno do Sião, entre os anos de 1566, e 1570, da era de Nosso Senhor Jesus Cristo, relatava o desconhecido João de Barros".

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Desafios

“Tudo vale a pena. Se a alma não é pequena”,

Fernando Pessoa

Um dos primeiros desafios com o qual me deparei, assim que decidi enveredar pelo romance histórico, foi o estilo de escrita a adoptar. Será que deveria escolher a escrita em vigor no século XVI, um pouco adaptada aos dias de hoje? Ou deveria enveredar pela actual? E quanto à narração, seria melhor vertê-la na primeira ou na terceira pessoa? Optei pela mais desafiante: a escrita antiga (na primeira pessoa).

Ao pesquisar na internet, e passar os olhos por livros coevos dos séculos XVI e XVII, facilmente descarregáveis no formato PDF, tive imensa dificuldade em articular a leitura, porque a forma de escrita era algo a que não estava habituado. Havia depois que moldar o personagem e criar o enredo que o levasse ao Oriente, afinal o propósito primário do romance histórico…

Imediatamente, surgiram dúvidas e dificuldades inultrapassáveis, estas apenas imagináveis no meu íntimo, conforme o passar do tempo foi disso testemunha.”Oh, não sei nada sobre a vida do Portugal do século XVI. Como vou ultrapassar esta fase?”, questionei-me inicialmente fruto da avassaladora inexperiência nestas andanças. A mesma dificuldade chegou depois ao descrever a viagem da Carreira da Índia. Seguiram-se os capítulos referentes a Goa, Malaca, Samatra, e por aí adiante.

No primeiro ano completei 26 páginas no Word. Estas foram as mais difíceis de todo o romance, pois foram alvo de incontáveis alterações, cortes, acrescentos e revisões. Todas estas contrariedades foram superadas, com maior ou menor dificuldade, através de árduo trabalho, muita leitura e imenso tempo dedicado à pesquisa.

Para dar realismo à novela havia que despir a pele do homem dos séculos XX e XXI – no fundo, a minha pessoa – e tentar descrever, o melhor possível, a mentalidade do século XVI. Encarei este enorme desafio com grande vontade de aprender e ficar imerso no modo de vida de outrora, tendo por vezes a forte sensação de o ter vivido na primeira pessoa.

Actualmente, dá-me grande prazer ler aqueles livros coevos, que dão corpo a uma maravilhosa forma de escrita, por vezes bastante atabalhoada, mas que surpreende pela formosura das palavras empregues. Por incrível que pareça, também sinto grande à vontade para escrever ficção à moda antiga, o que será algo a evitar caso no futuro decida publicar um título que escape ao âmbito do romance histórico… 

terça-feira, 19 de abril de 2022

Apresento-vos o meu romance histórico

O Oriente Místico de Chao Bálos

O extraordinário testemunho de vida de um Português de nação. Do Reino de Narsinga, à Terra do Elefante Branco, e Ilha de Sanchoão.


A narrativa gira à volta da vida de um português do século XVI, que decide deixar o Reino de Portugal, e despedindo-se do amigo de infância, Damião de Góis, parte para o desconhecido Oriente. Neste seu périplo anda por Goa, pela região do Malabar, pela capital do Reino de Narsinga, e pelo Médio Oriente, mais concretamente, Mascate e Ormuz, chegando inclusivamente a ir a Meca.

Uma falsa embaixada bem-sucedida que efectua no Reino do Achém (Aceh), na ilha de Samatra, faz com que se refugie no bandel dos portugueses em Odiaa (Ayutthaya), capital do Reino do Sião, actual Tailândia. Numa ida a Sunda, conhece o aventureiro Fernão Mendes Pinto, que viaja no junco do herói para Odiaa, e vão depois incorporados no exército siamês para fazer a guerra no Chiang Mai, então reino vassalo do Sião.

Regressado da guerra, um amor proibido com uma mulher nobre siamesa faz com que a sua vida corra perigo, escapando por pouco da morte que foi orquestrada por um poderoso homem da corte. O herói é então obrigado a fugir. Anos mais tarde encontra-se na ilha de Sancham (ilha de Sanchoão), onde testemunha as derradeiras semanas de vida do Padre Mestre Francisco de Xavier, depois tornado Santo.

A residir em Malaca, o capitão da fortaleza confia-lhe a missão de ir a Goa para entregar uma carta ao provincial da Companhia de Jesus. Nesta sua curta estadia na capital do império ultramarino português conhece fortuitamente Luís Vaz de Camões, partilhando ambos algo em comum.

De volta a Malaca, não consegue livrar-se de uma profecia do Padre Mestre Francisco de Xavier, e depois de viver dois anos na povoação de Macao (Macau) vai passar o resto da sua vida em Odiaa.

A novela histórica tem uma componente místico-religiosa, na qual são abordados vários temas relacionados com o cristianismo-catolicismo, o islamismo, o hinduísmo e o budismo.

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