Viver o passado é também viver o presente. Assim o faço através da escrita.
terça-feira, 11 de abril de 2023
Momento Quora
sexta-feira, 25 de novembro de 2022
Efemérides
Dia para recordar Eça de Queiroz (25 de Novembro de 1845 – 16 de Agosto de 1900)
Figura
incontornável da literatura portuguesa, são poucas as palavras que tenho para
descrever o seu génio como escritor.
Dotado de uma narrativa elegante, fruíram da sua pena o realismo descritivo e a sátira mordaz que caracterizavam os seus romances.
Autor de “Os
Maias”, “O Crime do Padre Amaro”, “O Primo Basílio” e “A Tragédia da Rua das
Flores”, entre outras obras notáveis.
Destaco, todavia, “O Conde de Abranhos” como a minha favorita. A obra foi adaptada para serie de televisão em 2000.
Contou com as interpretações de Paulo
Matos (Alípio Abranhos), Sofia Alves (Virgínia Amado Abranhos), Nicolau Breyner
(Padre Augusto), Rui Luís (Desembargador Amado), Cármen Santos (Laura Amado), João
d’Ávila (Zagalo) e Henrique Viana (Vaz Correia), entre outros.
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
Capítulo XXVI
O que Abenabo conhecia de Jerusálem
“Depois de Abenabo me falar miudamente da rua vulgarmente dita da amargura, pela qual Jesus Cristo foi com a Cruz às costas, desde a casa de Pilatos, até ao Calvário, onde foi por nós oferecido, e sacrificado, para a salvação do mundo, ouvi dele com muita curiosidade que o sagrado Monte Olivete fica numa encosta, em que subindo por um certo caminho, e chegando no meio dele, se acha à vista o Templo de Salamão, e quase toda a cidade.
É o dito Monte Olivete, onde o nosso Redentor recebeu a traição de Judas (que o entregou aos Romanos, antes d’Ele ir à casa de Caiphas, e à casa de Pilatos, e daqui ao Calvário), muy venerado por Turcos, e mouros, assim como por cristãos de muitas nações, que se põem ali a orar, e a cantar, e a contemplar, na vigília D’Ascensão de Nosso Senhor.
Na Capela D’Ascensão fazem os moçalmans grande devoção à pedra onde está uma pegada do Redentor do mundo quando Ele teve por bem tornar aos Céus. A outra metade desta pedra, também com outra pegada de Jesus, está no Templo de Salamão, ali posta quando a terra era de cristãos, sendo agora tida em grande veneração por Turcos, e mouros”.
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
"O Oriente Místico de Chao Balós" - Lançamento mundial
quarta-feira, 8 de junho de 2022
"O Oriente Místico de Chao Balós", Cap. II
Lisboa, Metrópole do Reino de Portugal:
"Como ainda não tinha saciado a fome, ao atravessar
para a outra banda da rua não fiz caso de um saloio, que por seu mester vendia
frutas; porque em indo mais avante comprei favas cozidas a uma negra. Para
matar a sede fiz sinal a um aguadeiro negro, a modo de pousar o cântaro no
chão, e encher um púcaro com água. Agradecendo-me, assim que lhe paguei, lá se
foi ele, por seu pé, apregoando pela rua:
– Água fria! Água fria! Quem quer água fria!
Ao chegar a uma certa rua, já depois de pôr o rosto num vendedor de carvão, e noutro de palha, cada um puxando esforçadamente a sua carreta, dei com dois homens de aspecto repugnante, a fazer de comer com sardinhas a céu aberto. Era muito improvável que tão pobres criaturas, roupadas com seus buréis pardos de lã meirinha encardida, tivessem como comer as galinhas, e carnes de criação, ou de caça, tão pouco com cheiros, adubos, e temperos de boa qualidade; porque nada mais lhes entrava dentro de suas bocas, do que sardinhas, e legumes, assim como algumas castas de frutas, e pão com paladar sofrível".
quinta-feira, 2 de junho de 2022
Prólogo
"Localizado o manuscrito, e voltando à secretária de trabalho, retirei o conteúdo do envelope e removi a protecção de plástico. Para melhor preservação do material, revesti as mãos com um par de luvas de látex esterilizadas e folheei as páginas com redobrado cuidado…
– O português é arcaico para os padrões actuais de escrita. Pelas datas, confirma-se que remonta ao século XVI. Nada de estranho, portanto...
Em cima da secretária tinha uma crónica escrita em papel almaço grosso, consistente e um pouco escuro. A pauta estava quase invisível e não havia correcções de palavras, nem de estilo, denotando ser uma cópia do original. As tabuadas ordenadas no final da crónica estavam incompletas, visto não passarem do décimo capítulo. O título não aparecia na lombada, mas na página a seguir à folha de guarda lia-se algo surpreendente: Joam de Barros na Asia. Abri a boca de espanto! Não queria acreditar que estaria perante algum inédito do famoso cronista que ficou para a posteridade como autor dos primeiros quatro volumes das célebres Décadas Da Asia!
Apesar da
emoção inicial, depressa percebi não ser algum inédito a retratar a vida de
quem deixara importante testemunho sobre os feitos dos portugueses no Oriente
quinhentista. Deparei-me, isso sim, com as memórias de um homónimo. Esta
narrativa das cousas testemunhadas pelos meus próprios olhos (...) foi
escrita pela minha mão (…) neste Reyno do Sião, entre os anos de 1566, e
1570, da era de Nosso Senhor Jesus Cristo, relatava o desconhecido João de
Barros".
domingo, 1 de maio de 2022
Lançamento Mundial
Já está à venda na loja virtual da Amazon, no formato Kindle eBook, o romance histórico
sexta-feira, 29 de abril de 2022
À venda na Amazon
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Quem é o personagem principal? Chao Balós Aventureiro destemido, foi escravo, corsário, embaixador e mercador de grossos cabedais no Ori...